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Posted: 14 Apr, 2022 @ 4:56pm

A lenda urbana ganha "vida"

Slender: The Arrival é um retrabalho do original lançado um ano antes (2012), que teve um enorme sucesso.
Mas por que não recomendo? Bom, duas coisas me fazem gostar de um jogo (falo isso em várias análises): mecânica e/ou história. Este, infelizmente, não tem nenhum dois dois.
Mas vamos por partes...

TRAMA
Que trama? Onde está a trama? Se você se refere a um monte de informações espalhadas sem pé nem cabeça, tudo bem, está ali pra quem quer.
Aparentemente são pessoas e famílias desaparecidas por conta do Slender, mas isso é interpretativo.
Você "vivenciar" gravações de VHS não ajudam em nada e não incorporam absolutamente nada a história.
Aparece até um bicho estranho, parecendo um zumbi. O Slender fez isso com ele? Eu quero fugir do Slender!
E o final? Meu Deus, nem vou comentar.

MECÂNICA
O jogo parece ter sido criado por um adolescente aprendendo a desenvolver jogos. Você caminha, corre, usa a lanterna, abre portas e coleta um item aqui e outro ali.
Sem falar que o (ou a) protagonista parece um atleta, pois corre 1km sem se cansar.
Quebra-cabeças? Se você considera ir buscar gasolina para o gerador um quebra-cabeça, precisa jogar coisa melhor.
O Slender faz seu trabalho, aparecendo do nada pra te pegar desprevenido. Você não pode olhar pra ele, nem chegar perto. Na verdade, o único ponto positivo desse jogo é o Slender.
A maioria dos sustos (ou como os que odeiam o português chamam: jumpscares) são clichês. A maior parte do tempo é um clima de tensão. Isso é bom, se não fosse pelos efeitos sonoros irritantes que irei mencionar abaixo.

ÁUDIO E VISUAL
Já não basta a mecânica ser ruim, o visual também é. parece ter sido feito em 2005. Não me venha com mimimi pois na época do lançamento desse jogo já existia a Unity e UnrealEngine 3, que facilmente criavam um visual muito superior ao que temos aqui.
Um jogo de terror não precisa ter gráficos bonitos, eu sei, mas aí entra outra questão: level design (ou construção dos cenários). Parece que foi feito por um adolescente aprendendo a criar um jogo. Cenários sem pé nem cabeça, coisas colocadas no chão sem mais nem menos. Um porão no meio de uma plantação? É sério???

Calma que nem chegamos no áudio. Sons de má qualidade e repetitivos, deixando o clima irritante e quebrando a tensão (que, por sinal, o jogo consegue sim criar, mas é quebrado por isso).
O único ponto positivo fica por conta da trilha sonora, que é boa.

Pontos positivos:
+ Slender.
+ Boa trilha sonora.

Pontos negativos:
- Não há uma história, somente pedaços de informações sem pé nem cabeça.
- Final broxante.
- Revivenciar fatos que não acrescentam nada a história.
- Apresentação de personagens e "monstros" sem necessidade, tirando o foco do Slender.
- Gráficos ultrapassados para a época.
- Level design sem nexo.
- "Quebra-cabeças" kkk.
- Efeitos sonoros irritantes.
- Sustos clichês e previsíveis.

Pontos neutros:
|| Mecânica travada.
|| Extremamente curto (1-2 horas, no máximo).

CONCLUSÃO
Gostaria de ter tido uma experiência positiva com o jogo, mas o único aspecto interessante dele é o Slender que, por sinal, é mal aproveitado. Se houvesse uma história no mínimo coerente dava pra recomendar, mas não.
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