Recent reviews by Alligator

Warzone 2100 é um RTS old-school com mecânicas bem a frente do seu tempo (1999) com uma boa história.
Joguei dezenas de horas na infância e início da adolescência. Foi uma alegria imensa ver essa obra prima aqui na Steam!

HISTÓRIA
Basicamente a humanidade quase se mata numa terceira guerra mundial causando uma nova era glacial na Terra. Os últimos sobreviventes da humanidade tentam se reerguer utilizando os equipamentos, máquinas e tecnologias que restaram do "mundo anterior". O jogo se passa décadas após esse acontecimento, exatamente no ano 2100.

MECÂNICA
Nisso o jogo se sai ABSURDAMENTE bem.
Você faz construções e comanda unidades, como de praxe nos RTS. O diferencial fica por conta da árvore de tecnologia e customização das unidades.
Você pode pegar um tanque e personalizar seu corpo, rodas/esteiras, arma e tecnologia do jeito que quiser!
Um jogo que vi fazer isso no mesmo estilo é o Earth 2150 (também disponível na Steam e vale a pena conferir!).
Sua criatividade é o limite na criação de unidades.
A mecânica não é simples mas também não é complicada. Requer um tempinho até você pegar o jeito, justamente por conta das imensas possibilidades.

AUDIOVISUAL
Os gráficos obviamente são muito datados, dado ao seu lançamento ter sido em 1999. Eles não mudaram desde então, ou seja, continua sendo um RTS old-school até na parte visual.
Porém os desenvolvedores estão sempre trabalhando no jogo para deixar ele estável e sempre rodando bem nos hardwares modernos.
A comunidade também contribui por reportar falhas e ideias de melhorias.

MULTIPLAYER
Por ser um jogo que ainda está sendo melhorado o multiplayer funciona bem e você pode ser divertir com qualquer amigo, até com aqueles que têm um PC batata :P

CONCLUSÃO
Warzone 2100 é um RTS da velha guarda que inda pode divertir muita gente por várias horas dado a sua mecânica muito bem feita, cenários variados e ser extremamente leve.

Vale a pena sim conferir!

Papel de parede lindo!
A terra é maravilhosamente representada: interação da luz com a atmosfera, cidades à noite, nuvens 3D etc.
A movimentação suave torna mais prazeroso ainda ver nosso lindo planeta.
O ponto negativo fica por conta da GPU ser usada o tempo todo, e isso é compreensível. Minha RX580 de 4Gb fica em 40-50% de uso.
Porém quando você entra num jogo o papel de parede automaticamente é desativado.
Recomendo!

Need for Speed sim, só esse nome, é um jogo que tenta trazer um pouco dos jogos lá nos primórdios da franquia. Se conseguiu ou não, depende de cada um.
Esse é um título da franquia muito pouco conhecido, mas não deixa de ter muitos pontos positivos.

HISTÓRIA
Ela é mediana. Não há reviravoltas marcantes ou suspenses que te deixam curioso. Está ali por estar, e cumpre seu papel. Ela é feita por meio de cutscenes reais, assim como começou lá no NFS Carbon em 2008 (só que diferente do Carbon, não é sensacionalista nas coisas).
A atuação é boa. História redondinha, porém esquecível.

GRÁFICOS
Aqui o jogo se sai super bem. Os gráficos são muito bonitos. A atmosfera da cidade amanhecendo, efeito de chuva, iluminação na lente da câmera... tudo é muito bem trabalhado.
A sensação de velocidade está realmente presente aqui, igual nos games antigos como o Underground 2 e Most Wanted.
Os danos causados nos carros também é bom. Não chega a ser como no Burnout, mas cumpre seu papel dando um bom realismo.
Assim como de praxe da EA, temos aqui mais um jogo bem otimizado. Roda liso a 60FPS na minha RX580 de 4Gb em 1080p.

MECÂNICA
Drift, que delícia, cara! Sim, é muito prazeroso fazer drift pela cidade. Nisso o jogo manda super bem!
A personalização dos carros remete aos antigos Underground, onde você pode mudar absolutamente tudo (ou quase).
Desafiar os outros players na cidade (por ser um mundo compartilhado) é fácil e divertido.
O ponto negativo fica por conta da polícia. Eles são uns tontos. Basta virar 3 esquinas que você despista todos eles. Se ficar andando a 80Km/h eles não te pegam.
Outro ponto negativo é a cidade. Ela é enorme, porém não há nada pra fazer além das corridas e tirar fotos em pontos específicos.
A dificuldade é baixa. Dificilmente você terá que refazer uma corrida. Dá pra contar nos de dos de uma mão a quantidade de corridas que tive que fazer mais de duas vezes.

ÁUDIO
As músicas são bem ruins. Há duas ou três que são legais. O resto é tudo genérico e esquecível. Não empolgam, não dão ânimo para o momento.
A cereja do bolo fica por conta dos efeitos sonoros dos carros. São muito bem produzidos e ricos em detalhes.

MULTIPLAYER
Infelizmente o jogo é 100% online. O mundo é compartilhado. Quando os servidores da EA entram em manutenção você não pode jogar.
Porém, isso torna fácil você fazer amigos e desafiar outros players para as corridas, além de poder montar sua própria equipe.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

+ Gráficos bonitos.
+ Customização ampla.
+ Dirigibilidade prazerosa.
+ Sons fiéis a realidade.
+ Boa otimização.
+ Sensação real de velocidade.

- Músicas pobres.
- Carregamentos demorados.
- Mundo aberto sem nada pra fazer.
- Polícia tonta.
- Puramente on-line.
- Fácil demais.

Need for Speed é um bom jogo. Ele traz uma mecânica puxando para o lado de um simulador (por ser mais fiel a realidade), porém não deixando de lado a customização e liberdade de deixar os carros do seu jeito.
Levei quase 30 horas para zerá-lo, isso por que fiz várias corridas que não fazem parte da história. Se você focar na história pode zerar em menos de 25 horas.
O jogo é pesado. Mesmo tendo menos de 20Gb e instalado num SSD nVME ele demora de 30 a 50 segundos para carregar o mundo.

CAT Interstellar: Recast é uma remasterização do jogo original, agora utilizando os novos recursos gráficos da Unreal Engine 5.

Não irei fazer uma análise repetida, até por que, tirando a melhoria gráfica, este é exatamente o mesmo jogo.
Para ver minha análise do original, TOQUE AQUI.

Antes de mais nada eu quero deixar bem claro que sou um grande fã de jogos indies, principalmente os que fogem do habitual.

CAT Interstellar é um jogo curto e com uma atmosfera muito bem feita e imersiva. Porém, acaba aqui. Isso não foi suficiente para me divertir, muito menos recomendá-lo para outras pessoas.

Duas coisas me fazem curtir um game: história e/ou mecânica.
Vamos citar o exemplo do famosíssimo Mario. Esse é um jogo com uma história bem simples: salvar a princesa do castelo. Porém, a mecânica extremamente divertida e desafiadora compensa.
Já o Outcast, por exemplo, é um jogo com uma mecânica bem "travada" e limitada, porém, a história é digna de um filme/série.

Mas não é o caso de CAT Interstellar. Aqui não há uma história e a mecânica não é nem um pouco divertida.
"Ah, mas ele é um walking-simulator. Esse tipo de jogo não precisa de uma história. São feitos para ter ênfase na ambientação."
Sim, eu entendo. Porém, esse jogo se propôe a contar uma história. Ele te deixa com uma sensação de que é preciso uma explicação, porém não faz isso.

Basicamente você é um drone de serviço que é ativado em Marte enquanto os humanos o estão terraformando. Todo o processo de terraformação é automatizado por androides. Seu objetivo é ir ao subsolo checar por que outros drones de reconhecimento tiveram sua comunicação perdida. Lá no subsolo você descobre que havia uma civilização em Marte, porém extinta.
O jogo termina com o drone (você) destruído. Logo depois você comanda um gato que sai de uma instalação e dá de cara com a Estátua da Liberdade num mundo completamente congelado. Isso é a Terra? Como ficou assim? E pronto, o jogo acaba.

Resumindo, não há nenhuma explicação de onde estão os humanos em Marte, o que houve com a Terra, e por que um gato. Fora o fato de um capítulo inteiro ser apenas para apreciar os créditos (???).

Esse jogo pode ter um bom potencial, mas do jeito que está parece mais um projeto inacabado.

PONTOS POSITIVOS:
- Ambiente imersivo e rico em detalhes.
- Trilha sonora que cria uma "vibe" de ficção científica bacana.
- Quase todo androide NPC tem uma dublagem própria.

PONTOS NEGATIVOS
- História inexistente, confusa, deixando mais dúvidas do que respostas.
- Mecânica extremamente limitada.
- Alguns sons são péssimos (do elevador, pior de todos).
- Jogo já começa sem te dar acesso ao menu antes.
- Um capítulo inteiro dedicado a mostrar os créditos (???).

GLOWCOMA: chapter 1 é um FPS de terror sci-fi extremamente curto (por se tratar do capítulo 1 apenas).
Esse é um jogo feito por apenas um desenvolvedor. Sendo assim não podemos esperar algo grandioso.
Porém, é aí que ele se sai bem! GLOWCOMA consegue sim entregar um nível de qualidade excelente em todos os aspectos!

Começando pela história: basicamente, o mundo foi dominador por alienígenas. Não se sabe como tudo começou, porém há indícios de que o ponto de partida tenha sido na Bulgária. Você vai até o "marco zero" para entender o que aconteceu e ver se há sobreviventes... sozinho.. ou não.
A duração é em torno de 45 minutos a uma hora.

A parte gráfica é excelente! O dev conseguiu extrair um ótimo potencial da Unreal Engine 4. O level design (que lembra a saga Metro) é ótimo e cheio de detalhes.
O movimento da câmera (às vezes excessivo, mas pode ser desativado nas configurações) dá uma imersão ainda maior.
Os efeitos sonoros criam um clima de suspense muito, mas muito bom mesmo!
O modo como você mata os monstros (com um pouco de gore) e a variedade de armamentos, lembra DOOM.

Com certeza Tsvetomir está de parabéns por esse trabalho tão bem feito.
Que venha o capítulo 2!

Alien Rage - Unlimited é um FPS frenético estilo old-school.

HISTÓRIA
É simples, está ali só pra dizer que tem uma.
Basicamente um asteroide foi descoberto por ter uma quantidade enorme de Promethium, um mineral que pode ser usado para produzir energia em massa, algo parecido com o Hélio 3 na Lua.
Os humanos são os primeiros a chegar. Logo depois uma raça alienígena chega, os Vorus. No começo a parceria vai bem, porém alguns anos depois começa uma guerra pelo poder. Os humanos perdem, e decidem destruir toda a instalação e pôr fim a toda a mineração.
Você é um fuzileiro enviado sozinho para o serviço. Divirta-se.
Durante a gameplay você recebe orientações de sua assistente, que vai te dizendo onde ir e o que fazer. Você encontra registros de áudio das pessoas que trabalhavam ali para entender o que aconteceu.
Finalizei em 7 horas. Se fosse jogar novamente iria finalizar em umas 5, pois gosto de explorar os lugares e encontrar colecionáveis.

ÁUDIO-VISUAL
A parte gráfica é muito boa. Por ser de 2013 e ter sido feito na Unreal Engine 3, os gráficos são bonitos. Hoje, roda que é uma beleza na vasta maioria das máquinas.
O level design (criação dos cenários) é excelente! As instalações são muito bem feitas e ricas em detalhes.
A trilha sonora é muito boa e cai muito bem na "freneticidade" do jogo. Os sons de explosão, tiro, máquinas, são muito bem produzidos.

MECÂNICA
Como todo FPS, você caminha, corre, se abaixa e pula. Usa o tiro primário e secundário no mouse, além de mirar e trocar de arma. A interação com objetos é mínima. É feita somente em consoles que estão ali para te fazer prosseguir.
Você usa um traje que te protege dos danos e te dá algumas vantagens físicas.
Só acho que o personagem corre de forma exageradamente rápida, mas creio que isso seja por conta do seu traje.

PONTO(S) NEGATIVO(S)
O que me incomodou, e vai incomodar muita gente, é a repetição dos inimigos e armas, Há um total de 5 armas e 5 inimigos, tirando os bosses (chefes) no fim de cada capítulo (14 no total).
Outro ponto negativo é a mira dos inimigos. Ela é quase que perfeita. Você pode correr igual louco fazendo zig-zag e pulando, eles vão te acertar a 50 metros de distância. Isso quando os tiros não ultrapassam paredes e objetos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Alien Rage - Unlimited é um shooter frenético, focado em combate, e não numa história bem elaborada. Sua mecânica é simples, porém funciona muito bem. Os gráficos são datados, mas o level design compensa. O som é caprichado.

Obs. Não acho que valha o preço integral. Aguarde uma promoção, pois na grande maioria das vezes ele fica com 90% de desconto.

Florence (que significa "a que floresce", ou "próspera") é um jogo interpretativo, indie e minimalista.
Há pouquíssimos textos. A parte visual e mecânicas se encarregam de passar a mensagem.

A ideia do jogo é falar sobre rotina. Não vou dar spoiler. Tudo o que eu disser já está nas imagens do jogo.
A jovem protagonista está na sua rotina do dia a dia: trabalho e descanso. Sua mãe insiste que ela conheça alguém para ter um relacionamento, tanto para ajudar fisicamente com os afazeres quanto emocionalmente (completamente compreensível).
E isso acontece: ela conhece um violoncelista que muda sua vida para sempre.
Porém, novamente a rotina entra em campo. O relacionamento romântico dos dois que havia no início vai esfriando, esfriando e esfriando cada vez mais, até que eles se separam. Porém ela supera isso e segue em frente, colocando uma pedra em cima do que houve.

A parte visual é extremamente original: feita a mão. A trilha sonora é linda e toda orquestrada. Sua mecânica é bem simples (toda com o mouse) e os puzzles (se é que posso chamar de puzzle) não tem o mínimo de dificuldade.

Alguns podem encarar a história como clichê. Porém falta um pouco de interpretação aqui.
Entenda a mensagem que o jogo quer passar: não deixe que a rotina te distancia dos que você ama!

Sua duração é em média de 40 minutos e, o preço, é caro (12,39). Porém, esse preço pode fazer você ter uma atitude diferente para com seu dia a dia e a dar mais valor a quem te ama de verdade. Dessa forma esse preço sairá barato!

Antartica 88 é um game indie, curto, humilde, mas bem feito, claramente inspirado no filme Enigma de Outro Mundo (The Thing) de 1982.
Você vai ao encontro de uma equipe de pesquisa no continente gelado da Antártica que teve a comunicação com o continente perdida. Seu pai está nessa equipe, o que o motiva ainda mais a saber o que aconteceu.
Eles estavam perfurando o gelo a procura de minerais, porém encontraram uma coisa diferente e algo saiu errado.
A mecânica é simples, mas cumpre seu papel. Os gráficos são bem simples, algo da época de 2005, mas não estraga a experiência.
A parte sonora é boa, embora as trilha sonora incomode depois de um tempo por estar presente a todo momento

Há dois finais: bom e ruim. Eu tive o final ruim por levar um alienígena para o continente quando fui resgatado de helicóptero.

A trama é curta, algo em torno de uma hora e meia. Não acho que valha o preço integral, por isso recomendo que aguarde uma promoção.

Recomendo!

Close Contact (contato próximo) é um walking-simulator com uma pitada de sobrevivência e stealth (furtividade).
Você está na pele de um funcionário que chega para trabalhar em uma empresa de pesquisa/mineração no planeta Cadmus. Eles têm contato com uma raça alienígena que habitava esse planeta. Alguma coisa dá errado e você encontra a base desabitada.
Há registros de áudio por todo lugar, gravadas por um dos funcionários, te dizendo o que fazer, para onde ir e os cuidados que deve tomar.
Você faz uso de um par de lentes que, ao fechar seus olhos, elas entram em ação. Assim elas te mostram marcações e caminhos que não são visíveis a olho nu, além de servir para despistar os alienígenas que aparecerem.

A ambientação do game é excepcional. A qualidade gráfica (texturas, detalhe dos modelos e iluminação) é de tirar o chapéu. A ambientação criada com os efeitos sonoros e música é a cereja do bolo!
Esse é um jogo pesado graficamente. Embora feito na Unity, tem uma má otimização.

A duração é bem curta (menos de uma hora). Possivelmente irá demorar mais por você morrer algumas vezes e ter que encontrar coisas específicas pelos locais.
O final é interpretativo, deixando um ponto de interrogação que te faz questionar todo o jogo.

Por ser feito por apenas um desenvolvedor (com a ajuda de alguns poucos amigos) o jogo é bom.

Recomendo!