Recent reviews by Alligator

INSIDE é mais uma obra prima feita pelo estúdio Playdead.
Após o sucesso de LIMBO, que foi aclamado pela crítica, eles conseguiram criar um jogo que supera o seu sucessor em todos os sentidos!

A história por trás do jogo é sombria e perturbadora, assim como LIMBO: um garoto fugindo de um lugar perigoso com pessoas más. Porém LIMBO é um pouco mais impactante nesse quesito.

Os gráficos são maravilhosos! Mesmo sendo em low-poly a iluminação cuidadosamente bem feita dá um toque magnífico e cria uma atmosfera incrível. E a água? Nunca vi uma água tão bem feita como nesse jogo, tanto na superfície quanto debaixo dela.

Há poucos momentos com trilha sonora. A maior parte do tempo você ouve os efeitos sonoros do garoto e das coisas ao seu redor. Eu, particularmente, curto muito isso, pois te dá uma imersão muito grande!

A mecânica é extremamente fluida, ainda mais que LIMBO. Os movimentos do personagem são de altíssimo padrão, super naturais e complexos. Os comandos são bem simples assim como LIMBO.

A duração é em torno de 3 a 4 horas.
As conquistas são com base em um tipo de equipamento que você precisa desativar durante o jogo. Ele fica escondido em diversos lugares. Não interfere na história, é só pelas conquistas mesmo.

Em fim, INSIDE é um jogo extremamente bem feito que vai te divertir por horas sem ver o tempo passar. O preço é um pouco alto, mas dado a altíssima qualidade do jogo, me arrisco a dizer que vale a pena até mesmo pelo preço integral.

Recomendadíssimo!

Old Man's Journey é um joguinho de puzzle com uma leve pegada walking-simulator.
A ideia é mover as camadas do cenário de forma que o personagem consiga caminhar e chegar a determinados lugares. Uma mecânica curiosa e inovadora. Só com isso já ganha meu like.

A parte visual é linda, todo desenhado a mão.
A trilha sonora é bonita e os sons são ok.

A duração é em torno de 1:30 a 2 horas.
Algumas partes são irritantes como quando você se depara com as ovelhas. Mas nada que algumas tentativas não resolvam.

Em fim, Old Man's Journey é um jogo simples, bonito e curto que vale a pena ser jogado, pois transmite uma lição de vida: dar valor ao que você tem antes que seja tarde demais.

Obs. Aguarde uma promoção pois ele não vale o preço integral.

ORBITAL é um joguinho simples em todos os sentidos.
O objetivo é usar a uma satélite natural orbitando um planeta para protegê-lo de ameaças.
Você usa apenas o botão esquerdo e direito do mouse ara mudar a direção de órbita, além de passar o mouse por cima de itens para pegá-los.
É um jogo divertido para passar alguns minutos entre uma atividade ou outra.

Harts Island foi a minha segunda experiência com um walking-simulator.

Alguns jogos nesse estilo são feitos apenas para você curtir a paisagem, outros já são interpretativos.
É o caso de Harts Island.
A arte do jogo é única. Parece que tudo foi desenhado a mão com lápis num quadro branco. Lindo!
Os comandos são somente para caminhar (W-A-S-D).
A duração é em torno de 45 minutos a uma hora.

A grande sacada, além da arte única, é a mensagem que ele te passa.
Fica aqui a minha interpretação do jogo:

No decorrer da gameplay você ouve diversos aparelhos de som tocando gravações de um homem. Logo você percebe que ele é alcoolatra, tanto pela sua voz (tom e palavrões) quanto por garrafas espalhadas pelo cenário.
Ele maltrata sua esposa, a ofende, a humilha. Você começa a ter raiva dele.

No fim do jogo você vê o resultado dessa vida como escravo de um vício.

Ficou curioso? Então jogue!

Obs. Esse jogo não irá agradar a todos por dois motivos: primeiro, todas as gravações são em inglês e segundo, ele é um jogo "parado", justamente por seu estilo walking-simulator.

Agradeço ao Apterous por ter me dado o jogo de presente.

Aurora: A Child's Journey conta a história da menina Aurora que vive numa comunidade pobre em casas de pala fitas.
Ao brincar com seu barquinho ela vê uma enorme explosão trazendo poluição, destruição e morte.

O jogo se baseia num fato real que aconteceu em 2015: a explosão numa indústria que trouxe grandes impactos ao meio ambiente.

O jogo mostra isso do ponto de vista de uma criança, um ângulo diferente do que vimos nos noticiários.
Ele é extremamente curto, não passa de 15 minutinhos, mas vale muito a pena!

The Station é um jogo indie de suspense sci-fi bem curto. Você finaliza entre 1:30 a 2:30 dependendo do quão "bom" é com puzzles e percepção.

A história se passa numa estação de pesquisa orbitando um planeta descoberto por habitar uma raça alienígena. A comunicação foi perdida e você está lá para ver o que houve.
Ao explorar a estação á alguns puzzles a serem feitos, uns fazem parte da trama principal outros são opcionais. Há também registros de áudio da tripulação para você entender o que se passou ali e obter pistas de onde ir.
A interação com objetos é enorme. Você consegue pegar e examinar muitos deles espalhados por todo lugar (mas boa parte não vão te dar pista nenhuma).

A parte gráfica é linda. Os devs souberam como aproveitar a Unity3D muito bem.
Os efeitos sonos são outro ponto forte. Que imersão!
Há alguns poucos jumpscares, talvez 3, no máximo.

Em fim, The Station é um jogo que cumpre seu papel como suspense sci-fi com uma dose de puzzles e uma trama ok.

We Went Back é um jogo curioso.

A gameplay se passa numa estação de pesquisa na Lua, onde você é o único ali (ou era, ou será, quem sabe?).
A estação é formada por um loop circular. Porém cada volta que você dá nela acontecem coisas...

O jogo é bem curto, algo em torno de 30-45 minutos. A construção da estação, rica em detalhes, consegue criar uma atmosfera de tensão muito bem feita!
Há alguns poucos jumpscares.
Os efeitos sonoros são muito bons e ajudam na atmosfera de tensão e medo.

Mesmo sendo gratuito eu esperava um pouco mais dele. A mecânica é muito simples, os objetivos nem se fala.
Porém a atmosfera e a forma como as coisas vão se "moldado" conforme você joga vão te deixando confuso e ao mesmo tempo curioso.

Pluviophile foi minha primeira experiência com um verdadeiro walking simulator.
Digo "verdadeiro" pois esse é realmente um que você não faz nada, basicamente só observa o cenário.

E, que cenário, senhores! A floresta é muito bem produzida e rica em detalhes.
Isso, aliado a trilha sonora em piano, torna a sensação de caminhar por ela muito agradável.
Não há dificuldade aqui. O que acontece é o cenário ir aumentando de tamanho te dando um pouco mais de liberdade para explorar.

Finalizei em 45 minutos obtendo todas as conquistas, pois elas são lineares conforme os capítulos são completados.
O jogo foi feito por apenas um desenvolvedor.

Em fim, recomendo o Pluviophile para o que se propôe: um walking simulator feito para relaxar e apreciar a paisagem, além de render bons prints.

Planet of the eyes com certeza foi inspirado no LIMBO.
Você comanda um robôzinho que caiu em um planeta e está a procura do seu criador. No meio do caminho você resolve puzzles enquanto encontra registros de áudio deixado por ele.

A arte do jogo é muito bonita. Estilo cartunizado em "low-poly" (se é que você me entende) fazendo uso de cores vivas.
A mecânica é travada. Os movimentos do jogador são bem limitados, e isso condiz com o fato dele ser um robô.
Os puzzles são fáceis, bem fáceis. A dificuldade fica por conta do "timing" quase que perfeito em algumas ocasiões (pular, correr, apertar um botão, essas coisas no momento certo).
Os sons e trilha sonoras são muito bons. O som ambiente muda de acordo com o local dando uma maior imersão.

A duração é bem curta, de 1:30 a 2:00 horas. Não acho que valha o preço integral, aguarde uma promoção.

Essa será uma análise longa abrangendo as diferenças das campanhas e comparando com os outros jogos da saga.

Sou grande fã da franquia Alien e Predador, porém irei fazer uma análise o mais imparcial possível.

CAMPANHA FUZILEIRO
Essa é a campanha mais longa. Creio que dura entre 3 a 4 horas.
Nela você é um novato nos fuzileiros que sobrevive a um ataque de xenomorfos. Seu objetivo é reunir sua equipe, matar os aliens e impedir que o Weyland tenha posse de qualquer espécime.
Poucas reviravoltas acontecem.
Ela é mais um FPS genérico, algo parecido com o Aliens: Colonial Marines, porém com menos ação e mais suspense.

CAMPANHA PREDADOR
Aqui o jogo começa a ficar interessante. A campanha dos predadores é difícil, e muito!
Isso por que há muitos comandos que você precisa dominar, tanto de ataque quanto para usar os "maquinários" dos predadores.
Fazer uso da visão de calor show de bola! Ficar invisível, usar de stealth, ou meter o loco, tudo é muito bem feito. A possibilidade de pular em lugares altos, distrair as pessoas, usar a arma a laser, lança, disco, bombas, tudo é muito top!

CAMPANHA ALIEN
Aqui a dificuldade é mediana. O que ajuda é o fato de os aliens regenerarem sua vida aos poucos.
Jogando como alien você tem uma imersão incrível no jogo!
A visão grande-angular que ele tem junto com a percepção e a possibilidade de andar pelas paredes e pelo teto te dá uma sensação de estar mesmo na pele de um alien!
Há alguns pequenos bugs e, isso é compreensível, pois a mecânica do alien confronta as leis da física padrão.
Só a campanha do alien e predador já vale o preço do jogo.

CONSIDERAÇÕES GERAIS
O jogo é muito bom. Há referências ao filme por todo lado, principalmente a cultura dos predadores. Sim! Você encontra várias construções antigas deles mostrando seus antepassados e a sua superioridade contra as serpentes (aliens).
Se você já assistiu os filmes do predador irá dar sorrisos de nostalgia em várias partes, além de tirar vários prints.
Os gráficos são ok mas, para 2010, era excelente!
Ele se adapta a resoluções ultra-wide, porém a GUI (interface gráfica) fica "desenhada" somente no modo 16:9.

MELHOR QUE ALIENS: COLONIAL MARINES?
Sim! Mas com ressalvas.
Se considerarmos somente a campanha dos fuzileiros, não, não é melhor que Aliens: Colonial Marines. Lá há mais referências a franquia Alien, os gráficos são levemente melhores, a mecânica é melhor e há muito mais ação.
Agora se levarmos em conta a campanha dos Predadores e Alien, aí sim, vale muito a pena!

Mas são jogos diferentes com propostas diferentes. Vale a pena jogar os dois.